01 dezembro 2008

ODAIR JOSÉ CHEGA AOS 60 ANOS COM TRAJETÓRIA RECONHECIDA, FAZENDO NOVOS FÃS E NOVAS MÚSICAS.




Não é fácil completar 60 anos de idade (agosto de 2008) no Brasil e principalmente 40 anos de carreira e o que é mais difícil ainda, fazer sucesso sempre. Odair José já faz parte da história da música popular do Brasil desde que saiu de Goiânia para conquistar seu lugar no seleto clube dos maiores vendedores de discos do Brasil, para isso ele enfrentou os porteiros e os seguranças das gravadoras, em especial a CBS, única gravadora que ele pediu para entrar, pois depois dela _enquanto durou o reinado das gravadoras no Brasil_ seu passe sempre foi valorizado e todas queriam tê-lo em seus casts. Quando teve oportunidade de fazer seu primeiro registro fonográfico em 1969, interpretando Minhas Coisas, composição de Rossini Pinto, sua vida mudou da noite para o dia, a porta se abriu para ele entrar e ditar o sucesso popular no Brasil. Foi no LP As 14 Mais, coletânea das mais desejadas por qualquer artista, que ele pôde fazer uma demonstração do que seria capaz de fazer. Com apoio de Rossini Pinto, mais a força produtiva de Raul Seixas, sua obra criou asa e em pouco tempo já voava por todo o território nacional.
Quem só conhece o Odair José das baladas consagradas como o hino da pílula, da ode às prostitutas com Vou Tirar Você Desse Lugar, de outro hino igualmente popular como a canção que desvenda o que é felicidade, sabe muito pouco do artista. Não basta baixar os discos em MP3 disponíveis na rede, é preciso comprar seus discos de vinil e conhecer seus produtores, músicos e arranjadores, só assim pode-se chegar perto do que realmente representa Odair no cenário artístico nacional. Falar de Odair nos dias de hoje, sem pesquisar nos registros sobre o quanto ele ainda é representativo no mercado fonográfico, é escrever sem compromisso algum de informação. Tem que falar que ele era o mais temido concorrente de Roberto Carlos (e não Paulo Sérgio), que todas as gravadoras ficavam de olho no que ele estava para lançar em discos, que até uma topada no dedo, era explorada pela mídia de um modo geral. Quando Odair José resolveu celebrar uma missa no centro do Rio de Janeiro para agradecer pelo sucesso em 1973, o centro comercial do Rio parou literalmente. A igreja que fica no SAARA, nunca havia recebido um fiel tão famoso e capaz de fazer os comerciantes baixarem as portas somente para ver o ídolo de perto. Todas as revistas e jornais noticiavam a rotina do artista e no episódio da missa, todo mundo ficou sabendo através das emissoras de rádio e TV que faziam cobertura ao vivo do local, sem falar que as principais revistas cobriram o acontecimento. Tudo bem que fama não representa muito para um artista, mas olhar para o passado e ler nos arquivos sobre seus feitos poderosos, isso certamente floreia qualquer trajetória vivida.

ETERNIZADO PELA REVISTA ROLLING STONE


A revista Rolling Stone realizou uma magnífica pesquisa para chegar aos 100 maiores artistas da música popular brasileira, seria injusto e vergonhoso se depois de uma história singular Odair José não fosse ao menos citado. Pois muito bem, ali está o homem que emplacou dezenas de sucessos e que é dono de um patrimônio invejável na música popular, o seu próprio nome. Odair José é uma referência para quem quer falar do Brasil contemporâneo sem omitir quem realmente está fazendo a história. Na pesquisa da revista o cantor ocupa a 74 posição, atrás de Marcelo Camelo e Marcelo D2 e na frente de Zeca Pagodinho e Francisco Alves. O centésimo é o DJ Marlboro.


Odair José não precisou mudar de estilo e nem deixar de fazer o que sempre gostou de fazer, somente para agradar críticos ou gravadoras. Quando aceitou cantar com Caetano Veloso em 1973, no evento Phono 73, foi por insistência de Caetano e não porque desejou cantar com o músico baiano, quando resolveu modificar seu repertório e fazer um disco à sua maneira em 1977, todos comentaram sua guinada musical. Ele escreveu uma ópera para com ela rodar o Brasil mostrando o drama de um filho em O Filho de José e Maria. Com arranjos de base próprios, Odair ainda assumiu o violão e guitarra, contando ainda com Hyldon, Durval Ferreira, Dom Charley, Robson Jorge e superprodução. A direção de estúdio ficou por conta de Guilherme Araújo, empresário que lançou Gal, Caetano e muitos outros artistas. Claro que foi um fracasso comercial, pois até então Odair era quem melhor falava sobre o cotidiano, deixando Chico Buarque perdido com suas estórias ipanemenses, de repente partir para ópera?. O povo não entendeu, os críticos muito menos e o próprio Odair amargou um prejuízo cavalar. Trinta e um anos depois, o disco é hoje um dos mais procurados por colecionadores que chegam a pagar até 100,00 pela raridade. O disco é muito bem produzido e mostra um artista correndo para ganhar vôos mais altos, uma demonstração de que se pode mexer em time que está ganhando sim.


Novidades estão vindo por ai, além do documentário que está sendo feito sobre Odair José, o cantor prepara novo CD para breve. Não deixe de comprar os discos (LP) de Odair José, se você gosta de música boa e tocar na história bem de perto, adquira os discos originais enquanto se pode achá-los, pois está cada vez mais escasso encontrar um Odair José dando sopa por aí.





Quero sua colaboração. Você pode deixar um recado dizendo qual a música do Odair José que você mais gosta? Você já ouviu o LP O Filho de José e Maria?

2 comentários:

Anônimo disse...

Odair José é toque de celular no meu aparelho. A música da pílula é clássica.

Beijocas
Mari - Poucas e Boas da Mari

Anônimo disse...

gosto muito de odair josé,
sem dúvida a música dele que mais
gosto é do lp de 1984. título
planta sem raiz. com certeza ótimo artista.
comentario de ary maia.
23/12/2008

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

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