03 outubro 2008

APLAUSOS PARA WILSON SIMONAL.

DOCUMENTÁRIO RESGATA A DIGNIDADE E O SUINGE DO MAIOR SHOWMAN QUE O BRASIL JÁ TEVE.



86 minutos são suficientes para consertar um erro na história da vida de um homem?
Para mim, que nunca acreditei nas matérias que li sobre o fabuloso Simonal (no que diz respeito a ele ter sido “dedo duro”), não mudaria quase nada, mas para Wilson Simonal são importantes e decisivos para que lhe seja dado o lugar merecido na história da música popular do Brasil. Para que a nova e as futuras gerações conheçam o cantor, o homem e o espetáculo que foi Wilson Simonal.

Em “SIMONAL – Ninguém sabe o duro que dei”, documentário de Claudio Manuel (leia-se Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, exibido na última quarta-feira (01/10), no Cine Odeon _ dentro da programação do Festival do Rio_ levou o telespectador as lágrimas com a trama armada para destruir “o homem alegria”. Com uma trajetória de causar inveja, uma performance artística superior e uma simpatia fora do comum, Simonal assistiu dopado pelo esquecimento dos colegas, sua queda dos píncaros da glória para o calabouço da injustiça. Com feitos extraordinários na carreira ainda nos anos 60, Simonal foi aplaudido aqui e fora do país. Dividiu o palco com a diva Sarah Voughan, estrelou campanhas publicitárias, entrou em campo com Pelé, conquistou mulheres lindas, carros impactantes e deixou dois troféus para exibir no futuro: seus filhos Max e Simoninha.

O leitor pode imaginar um regente diante de um coral com mais de 30 mil vozes? E mais, assistir boquiaberto o coral fazendo tudo que seu mestre manda? Foi o que aconteceu no Festival da Canção Popular, quando Simonal foi convidado para fazer uma apresentação exclusiva. Em certo momento ele brincava falando para os 15 mil da direita e para os outros 15 mil da sua esquerda. Esta cena está registrada no documentário em imagens espetacular, arquivos que ajudam no resgate da trajetória do ídolo. Depoimentos de Castrinho, Tony Tornado, Chico Anísio e Miele, ajudam na reconstrução de passagens da vida de Wilson Simonal, sem falar nos depoimentos emocionantes dos dois filhos e da última esposa. O leitor que gosta de música, que tem interesse na história recente do país, não pode deixar de assistir ao filme.
Até quando vamos ter que escavar os porões obscuros que cerceiam a história da música?

INTÉRPRETE SINGULAR, SIMONAL DEIXOU UMA OBRA RICA E AUTÊNTICA.

Quem deseja conhecer a obra do artista, ainda tem que recorrer aos valiosos LPs de vinil, ou então arriscar encontrar alguma gravação em cd, mas se for exigente, prefira aos vinis, pois em certos momentos o ouvinte sente o suingue e ver a cor da musicalidade de Wilson Simonal. Darlene Glória, uma grande atriz brasileira, em 1974, arrasada pelas drogas, abandonou a carreira no auge, menos de um ano após conquistar o Urso de Prata em Berlim por sua atuação no clássico Toda Nudez Será Castigada. 30 anos depois, a atriz teve sua história contada no curta Ninguém Suporta a Glória. A menção ao nome da atriz é para usar o título que cai perfeitamente sobre a vida de Wilson Simonal, pois foi a glória do cantor que feriu a tolerância dos militares e dos invejosos de plantão. Porém, a obra de Wilson está viva e ao alcance de quem quer provar da melhor qualidade musical que o Brasil produziu nos anos 60.
Vol.1 - 1967


Vol. 2 - 1968


Vol. 3 - 1969



1973


fotos: acervo pessoal do editor.

Um comentário:

Wilde Portella disse...

Excelente matéria sobre o cantor Wilson Simonal. Tive oportunidade de entrevistar o artista quando ele já estava abatido pela doença. Me pediu para contar a sua verdadeira história. Foi uma entrevista emocionante. Mas, para publicar o material na íntegra tive que brigar com meio mundo. Infelizmente os editores ainda achavam que realmente ele era o "dedo duro da MPB". Ainda bem que o referido documentário resgatou o nome de Simonal, que deixou seu nome carimbado na história da MPB.

Relembre a estreia de Ricardo Braga e a opiniäo de Roberto Carlos em 28/05/1978

A estreia da cantora Katia em 1978 cantando Tão So

Mate a saudade de Nara Leao cantando Além do Horizonte em 1978

1 em cada 5 Brasileiro preferia o THE FEVERS 26/11/1978

Elizangela canta Pertinho de Você no Fantástico em 1978

Glória Pires e Lauro Corona cantam Joao e Maria

CLA BRASIL E MARINÊS

DOCUMENTÁRIO SOBRE EVALDO BRAGA / 3 PARTES - ASSISTA NA ÍNTEGRA

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