11 julho 2008

O TROPICALISTA TOM ZÉ É O AUTOR DO PRIMEIRO CD VIRTUAL LANÇADO PELA GRAVADORA TRAMA.



ENQUANTO ISSO, NO MOVIMENTO RETARDADO DA ANTROPOFAGIA MUSICAL, O GENIVAL LACERDA BERRA: DE QUEM É ESSE JEGUE? ELE QUER ME MORDER.
Qual será resposta para a crise na qual o mercado fonográfico encontra-se atolado, sem que ninguém lhe estenda a mão, ou lhe deixe de vez, enterrado e esquecido, assim como uma coisa ultrapassada que já não serve mais. Será que tem cura para essa espécie de isquemia que paralisou as gravadoras? Os últimos acontecimentos dão sinal de que a saída pode está muito mais longe (dependendo da distância entre a Internet e o consumidor) do que pensamos. A gravadora Trama, patrocinada pela VR, anuncia nas páginas centrais, inteiras, do jornal O Globo (espaço mais caro atualmente em jornais cariocas), o lançamento do primeiro cd virtual. A campanha alerta para o fato de que o interessado no produto não vai gastar nada, mas o artista ganha normalmente seu dinheirinho. A VR paga pelo download.
O disco não poderia ser de outro artista senão do mais perfeito protótipo de artista que o Brasil já produziu depois de Oswald de Andrade, que vem a ser o baiano Tom Zé. Artista fiel e coerente que desde sua estréia tropicalista, mantêm-se na contramão-mirrada do sistema deficiente e precário de se fabricar ídolos. Por escassez total de uso comercial em seu trabalho _pois Tom Zé não canta para platéias inteligentes, ou platéias que sabem e cantam suas músicas de cor, muito menos, canta para ser cantado_ Ele canta para os distraídos que não esperam muito de uma música, para quem espera que no mínimo, a música tenha algum sentido literário, nem que seja antropofágico, no sentido da devoração cultural das técnicas importadas. O que explica a crítica enviesada do blog que se destina a comentar sobre a música popular do Brasil, escrever sobre o primeiro cd virtual, e logo do Tom Zé? Alguém conhece pelo menos uma música do Tom Zé? A explicação vem a galope, e mais: tem a ver com a matéria que escrevi recentemente sobre Malu Magalhães, a cantora de 15 anos que entrou para a história como a resposta às crises das gravadoras. Para entender de uma vez por toda, Malu Magalhães deu nome ao lugar para onde os empreendedores da música estão olhando, vislumbrando uma saída que eles ainda não entendem muito bem, mas que muito breve, será apenas mais um meio, um novo meio de se sobreviver de música. Enquanto a gravadora Trama anuncia sua novidade (?), publicando em jornais a sua conquista, não seria melhor para seus estrategistas anunciarem nos milhares de blogs que compreendem e aplaudem a iniciativa? Quando escrevi sobre “o fenômeno” Malu Magalhães, estava reconhecendo que a resposta para a crise da música no Brasil, viria de outras empresas que não das gravadoras, como a Levi’s, a Coca-Cola e agora a VR, que investe numa aposta que tende a ser, num futuro muito próximo, a porta larga por onde vão entrar os artistas integrados com o seu tempo e o com o sistema no qual estão inseridos.
Isquêmica ou não, a veia musical não pode estancar. Genival Lacerda, Pinduca, e muitos outros artistas irreverentes como Tom Zé, precisam de bases financeiras para levar os trabalhos adiante. Quem se arrisca a associar sua empresa com nomes de artistas tão maculados?

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